logoHomeInferior 1

Notícias


01 01 drihmacesa noticia maisde90O Piauí é o segundo estado com pior desempenho, icando atrás apenas do Amapá, onde 95,4% da população não têm esgotamento sanitário adequado.

“Deveria ser isolado que nem encanação de casa”. Esta é a opinião da dona de casa Maria Alice Sousa acerca da rede coletora de esgotos de Teresina. Moradora do bairro Parque Alvorada, na zona Norte de Teresina, há mais de 30 anos, Maria Alice conta que sofre diariamente com o mau cheiro e o risco de contaminação de doenças devido à uma lagoa que recebe parte do esgoto das casas da região.

A residência de Maria Alice faz parte do percentual de 91,7% dos domicílios piauienses que não têm acesso à rede coletora de esgotos, dado divulgado ontem (12) pela Fundação Abrinq. As informações revelam que o Piauí é o segundo estado com pior desempenho, ficando atrás apenas do Amapá, onde 95,4% da população não têm esgotamento sanitário adequado. O número é quase o triplo do registrado na média do Brasil, com 34,7%.

Para a dona de casa Maria Alice, o maior transtorno é no período de chuvas, quando a lagoa inunda as ruas do bairro. Os prejuízos também dizem respeito à grande quantidade de locais que são focos de mosquitos da dengue e chikungunya.

“A água da lagoa é mais água do esgoto, água da fossa. A gente vê dejetos correndo pela rua e precisa limpar pra não ficar com mau cheiro. Será que isso está certo? A gente não é bem assistido em relação a esgoto”, lamenta.

Ainda no Parque Alvorada, a doméstica Rosemeire Sousa conta que se mudou há sete meses para a residência onde vive atualmente, na beira de uma outra lagoa coberta por vegetação, onde o esgoto de sua casa também vai diretamente para o local. A preocupação é não deixar o filho se aproximar do pântano, que pode ser foco de doenças.

“Não acho muito correto, mas ninguém pode fazer nada, né? Nessa rua toda, a água das casas vai para a lagoa. Eu acho que o governo deveria aterrar essa lagoa, dar um fim nela. Falta rede de esgoto fechada, porque fica mau cheiro”, relata.

Ainda segundo o levantamento da Abrinq, a rede coletora de esgoto é um privilégio de apenas 65,3% dos lares brasileiros. Já em Teresina, apenas 19,12% da população têm cobertura de esgotamento sanitário.

Em Teresina, cobertura de esgotamento só deve chegar a 30% daqui três anos

Segundo a Águas de Teresina, responsável pelo abastecimento de água e tratamento de esgoto da Capital, a cobrança da taxa referente ao serviço de coleta e tratamento de esgoto é feita apenas aos clientes cujos imóveis estão em áreas onde há rede disponível. A Capital dispõe apenas de 19,12% de cobertura de esgotamento sanitário e, atualmente, conta com três Estações de Tratamento de Esgoto (ETE) e 17 Estações Elevatórias de Esgoto (EEE).

A meta contratual prevê que, até o terceiro ano de atuação da empresa [que iniciou seu trabalho este ano em Teresina], o índice de cobertura sairá de 19,12% para 30,5%. Em até 5 anos, serão 472 mil pessoas beneiciadas e uma capacidade de tratamento superior a 800 l/s. Para esse período, está prevista a implantação de 848 km de redes coletoras e ampliação de coletor tronco e interceptores para evitar que esgotos desaguem em áreas de proteção, a exemplo dos rios. Em 30 anos, a empresa deve investir R$ 1,7 bilhão em Teresina.

“A ampliação da rede de esgoto tem forte correlação com a redução da taxa de internação por doenças diarreicas, o que impacta positivamente na assiduidade de crianças na escola - já que não mais serão acometidas por essas doenças – e também na produtividade dos trabalhadores, pela mesma razão”, informa a Águas de Teresina, por meio de nota encaminha ao ODIA.

Com relação aos demais municípios do Estado, a Agespisa informa que está executando obras que vão ampliar a cobertura de esgotamento sanitário no Piauí. A empresa está implantando ligações intradomiciliares de esgoto e construindo módulos sanitários em quatro cidades piauienses: Oeiras, Guadalupe, Ilha Grande e Murici dos Portelas. O investimento de R$ 41 milhões é feito com recursos da Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba). Cerca de quatro mil ligações intradomiciliares e mil módulos sanitá- rios vão favorecer moradores de baixa renda destas cidades. Em Oeiras e Ilha Grande, as obras já estão 70% executadas; em Guadalupe, 90%, e Murici dos Portelas, 20%. A previsão é de que os trabalhos sejam concluídos no início de 2018.

Em Amarante, a empresa já executou 95% da obra de implantação do sistema de esgotamento sanitário. O investimento é de R$ 16 milhões, com recursos da Codevasf e vai beneiciar diretamente cerca de 12 mil pessoas. A obra inclui a implantação de 43 quilômetros de rede coletora de esgoto e 2.383 ligações domiciliares. A cidade contará com uma estação de tratamento de esgoto com capacidade para tratar 18,43 litros por segundo. Com a conclusão dos serviços, 70% da cidade de Amarante contará com cobertura de esgotamento sanitário. A previsão é de que, em janeiro de 2018, todo o sistema esteja finalizado.

Atualmente, as cidades atendidas pela Agespisa com esgotamento sanitário são Água Branca (25,73%), Altos (7,67%), Corrente (19,90%), Floriano (4,31%), Oeiras (38,10%), Parnaíba (39,84%), Picos (62,16%) e Porto (55,55%). O número de ligações ativas de esgoto é de 37.725.

Fonte:  Portal o Dia

01 01 drihmacesa noticia precariedadesdavidaDe 94,6 milhões de pessoas que vivem em concentrações urbanas, apenas 22,6 milhões, ou cerca de 24% do total, vivem em condições consideradas boas, de acordo com estudo inédito do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

Apesar das facilidades que oferece à população, em termos de infraestrutura e serviços, a vida em áreas urbanas não significa conforto para a maioria dos habitantes das cidades. De 94,6 milhões de pessoas que vivem em concentrações urbanas, apenas 22,6 milhões, ou cerca de 24% do total, vivem em condições consideradas boas, de acordo com estudo inédito do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apenas um entre quatro moradores das aglomerações urbanas vive bem. Numa escala de 11 classificações, a vida de 76% dos habitantes das principais áreas urbanas do País, ou 72 milhões de pessoas, está classificada entre as sete piores.

Com base em dados do Censo Demográfico de 2010, o estudo Tipologia Intraurbana: Espaços de Diferenciação Socioeconômica nas Concentrações Urbanas do Brasil combina diferentes características dos imóveis e das famílias que os ocupam, para estabelecer os 11 tipos de condições de vida, classificados por letras (de A, a mais elevada, a K).

Entre as características socioeconômicas utilizadas na avaliação do IBGE estão acesso a abastecimento de água e a sistema de coleta de esgoto e de lixo, número médio de moradores por cômodo utilizado como dormitório, rendimento domiciliar per capita, nível de escolaridade, razão de dependência de menores de 15 anos, material de construção e de acabamento do imóvel, posse de equipamentos domésticos como máquina de lavar e disponibilidade de computador com acesso a internet. O IBGE identificou 65 concentrações urbanas com mais de 300 mil habitantes. Essas concentrações são formadas por 435 municípios, onde, pelo Censo de 2010, vivia metade da população do País.

O resultado é um país desigual também em suas aglomerações urbanas. Mesmo que algumas tenham renda média relativamente alta, não é raro que careçam de sistema de coleta e tratamento de esgotos. Apesar das reiteradas promessas do governo de cumprir a meta de universalização dos serviços de saneamento básico, o avanço nessa área desde a entrada em vigor da Lei do Saneamento Básico em 2007 tem sido lento. Cerca de metade da população do País não dispõe de sistema de coleta de esgotos. Em algumas regiões, a rede de abastecimento de água atende apenas metade da população e, desta, menos de 10% dispõem de rede de esgotos.

Embora preocupe, não surpreende o fato de tantos brasileiros viverem em condições desfavoráveis nos maiores aglomerados urbanos do País. Apenas 1,77 milhão de pessoas vivem em condições classificadas como A – a melhor de todas – pelo IBGE. A maior porcentagem de pessoas com qualidade de vida classificada como A e B foi registrada no Centro-Oeste (7,1% do total, ou 507 mil pessoas), em decorrência sobretudo dos dados do Distrito Federal. Isoladamente, Brasília é a cidade que tem a maior parcela da população vivendo nas melhores condições: 11,2% do total na classificação A. As condições de vida de praticamente um terço da população de Brasília, ou 32,6% do total, foram classificadas entre as letras A e D, que compõem o que o IBGE classifica como boas.

Na outra ponta da classificação está o Nordeste, onde 59,9% da população vive nas piores condições, classificadas como baixas, baixíssimas ou precárias. Segue-se a Região Norte, onde 56,3% da população vive em más condições. É no Norte que se observa a maior proporção de pessoas que vivem em domicílios com baixíssimas ou precárias condições de vida (35,4%).

Na Região Metropolitana de São Paulo, o maior aglomerado urbano do País, não se registra parcela expressiva da população vivendo nas piores condições (I, J e K). As melhores condições são registradas nas regiões centrais. Elas pioram conforme se afasta do centro.

Certamente o desastroso governo de Dilma Rousseff (2011- 2016) terá alterado, para pior, alguns desses dados, mas o seu real impacto só será conhecido com novos estudos.

Fonte:  Estadão

01 01 drihmacesa noticia especialistassugeremEspecialistas em infraestrutura liderados pelo Instituto de Engenharia (IE) lançam amanhã resolução defendendo a priorização das hidrovias como vetor estratégico de desenvolvimento regional e econômico no Cone Sul e a criação de uma agência internacional para regular a atividade na região. O documento será entregue aos candidatos que disputarão a eleição para presidente no ano que vem.

"Queremos que o modal hidroviário deixe de ser tratado como assunto burocrático pelos governos e chamar atenção para o fato de que ele torna os produtos mais competitivos, barateia o custo de logística. Uma autoridade internacional nessa área pode dar estabilidade de regras, modernizar o regime de transporte nas hidrovias e ainda atrairia investimento externo para o desenvolvimento regional", diz Rubens Barbosa, presidente do Instituto de Relações Internacionais e Comércio Exterior (Irice), ex-embaixador do Brasil em Londres e Washington entre 1994 e 2004.

A formulação de recomendações sobre transporte hidroviário para governos do Cone Sul (Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai e Uruguai) é apenas uma das agendas do seminário "A Integração do Cone Sul pelas Hidrovias - Um Modelo de Gestão", evento que o IE promove amanhã, em São Paulo, com apoio institucional da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), do Irice, do Centro de Estudos Avançados em Navegação Interior (Ceani) e da Figueiredo Ferraz Consultoria e Engenharia de Projeto.

Com presença de autoridades, especialistas e empresas do setor de logística, o evento discutirá o papel do transporte hidroviário como indutor do desenvolvimento regional, sob o ponto de vista social, econômico e estratégico. O seminário será dividido em três painéis principais: configuração atual das hidrovias; experiência europeia na gestão do sistema de navegação interior; visão dos operadores e usuários, com participação de representantes da Cargill, Louis Dreyfus, Amaggi, Bunge e Hidrovias do Brasil.

Segundo o ex-embaixador Rubens Barbosa, o uso da malha fluvial poderia reduzir entre 40% e 60% o custo da movimentação de carga de grãos e minérios que é embarcada para exportação. Ele argumenta que "o descaso crônico" em relação a esse meio de transporte é responsável pelas maiores dificuldades que existem hoje para o aproveitamento das hidrovias. Entre elas estão insuficiência de recursos, infraestrutura precária e conflitos na utilização das águas, como a construção de hidrelétricas sem eclusas.

A construção de eclusas ou transposição de barragem nas proximidades da usina de Itaipu que permitam a passagem de navios e barcaças de carga é, por exemplo, um obstáculo que impede o avanço da Hidrovia Tietê-Paraná para territórios paraguaios e argentinos, diz Wagner Ferreira, coordenador de logística de transportes do IE e consultor-associado da Figueiredo Ferraz.

"A [Hidrovia] Paraná-Tietê, que começa em Piracicaba [interior de São Paulo], poderia facilmente chegar até Buenos Aires, mas a passagem por Itaipu ainda é obstáculo. E não estamos falando de grão nem minério, é uma hidrovia com padrão europeu, com potencial para transportar produtos de alto valor agregado", destaca Ferreira.

Com mais de 40 anos de experiência, o especialista acrescenta que o momento para discutir o avanço das hidrovias no Cone Sul não pode ser perdido. "O Mercosul está às véspera de fechar acordo comercial com a União Europeia. Pensar numa matriz de transportes equilibrada é essencial para essa negociação, pode trazer muitas vantagens para os países que se destacarem, mas estamos longe desse equilíbrio, infelizmente."

Fonte:  Portos e Navios

01 01 drihmacesa noticia paraguai paranáA hidrovia Paraguai-Paraná já recebe obras de dragagem e sinalização para garantir o aumento da confiabilidade na navegação do trecho entre Cáceres (MT) e Corumbá (MS). A informação é do diretor de Infraestrutura Aquaviária do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Erick Moura. As obras estão sendo executadas há três anos para garantir a navegabilidade, principalmente no trecho de 680 km entre Cáceres e Corumbá, caracterizado pela existência de muitos bancos de areia e curvas acentuadas.

Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) realizada pelo DNIT indica a existência de 21 pontos críticos, sendo 17 nesse mesmo trecho de 680 km. “No ano que vem, nossa prioridade será resolver esses pontos críticos”, diz Erick Moura. Segundo ele, os investimentos são de R$ 5 milhões de reais.

A hidrovia é considerada importante alternativa para o escoamento da produção de grãos não só da região de Cáceres, mas do Médio Norte de Mato Grosso. “Isso inclui municípios como Brasnorte, Tangará da Serra, Comodoro e tantos outros”, explica Erick.

Além disso, é uma alternativa mais barata em relação ao custo do frete, tornando os produtos de Mato Grosso mais competitivos no mercado internacional. Levantamento feito pelo Departamento de Infraestrutura Aquaviária do DNIT, o transporte de grãos por rodovia, em direção a Miritituba (PA) é de R$ 2,5 milhões a cada 5 milhões de toneladas. Já pela hidrovia, o custo cai para R$ 1,06 milhões para a mesma quantidade de grãos.

Os dados foram apresentados a lideranças empresariais e políticas durante reunião realizada em Santo Antônio das Lendas, em Cáceres, região onde o DNITestuda a possibilidade de pavimentação de 68 km da BR-174, facilitando o acesso ao rio Paraguai, onde vários projetos pretendem a construção de estações de transbordo de cargas. Um deles, que está sob responsabilidade de uma empresa paraguaia, aguarda aprovação da Licença Ambiental pela Secretaria de Meio Ambiente do Estado. Outras duas empresas já confirmaram a intenção de construir portos em Santo Antônio das Lendas.

Além disso, a Associação Pró-Hidrovia, que detém a concessão do porto em Cáceres, está concluindo a restauração do local e o transporte de cargas deve começar a ser feito entre fevereiro ou março do ano que vem. A hidrovia liga Cáceres a Nueva Palmira, no Uruguai.

Fonte: FolhaMax

01 01 drihmacesa noticia vidaextraterrestreEm setembro de 2017 a sonda espacial Cassini encerrou sua jornada interestelar de forma bastante dramática ao se lançar dentro da atmosfera de Saturno para sua inevitável destruição. Porém, antes de se desfazer com o calor e o impacto da queda, Cassini fez uma série de registros do planeta anelado e suas luas nos últimos anos. Agora, algumas imagens inéditas estão sendo divulgadas pela Nasa e apresentam detalhes extremamente interessantes.

Uma das imagens, que pode ser vista logo abaixo, mostra a lua Enceladus, em órbita ao redor de Saturno - cujo anel pode ser avistado ao fundo - parcialmente iluminada pelo sol. A foto parece apenas mais um dos belos registros das peregrinações de Cassini, mas revela um detalhe que vem enchendo de ânimo a comunidade científica internacional. É possível reparar que na parte inferior da foto há uma área iluminada se projetando da superfície da lua. Toda a empolgação dos cientista se dá ao fato de que esta mancha luminosa é provavelmente água em estado líquido, sendo expelida num gêiser.

O flagra reacendeu a teoria que suspeitava que abaixo da superfície congelada da lua de Saturno há água em estado líquido, gerada por causa do calor emitido pelos movimentos de maré que são fruto da influência gravitacional de Saturno. As novidades levantam também questões sobre a possibilidade de haver vida extraterrestre no local, já que a presença de água líquida e calor são dois fatores necessários para o surgimento de vida.

O vídeo abaixo (em inglês apenas) fala sobre a empolgação que a imagem gerou entre a comunidade científica:

A imagem foi tirada originalmente em 6 de novembro de 2011, a uma distância de aproximadamente 145 mil quilômetros de Enceladus, mas só foi divulgada pela NASA na semana passada.

Topo