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17 01 leilao energiaiSem a tradicional presença das estatais, os leilões de energia elétrica conseguiram contratar neste ano quase R$ 40 bilhões de investimentos com a iniciativa privada. Esse montante está dividido em projetos de geração e transmissão de eletricidade, espalhados pelo País inteiro. Em um ano marcado pelo baixo volume de investimento, a cifra traz uma perspectiva positiva para o setor de infraestrutura, cujo volume de recursos aplicados despencou para o menor patamar das últimas duas décadas.

Neste ano, quatro leilões de energia foram realizados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel): dois de transmissão e dois de geração. O último ocorreu nesta quarta-feira, 20, e envolveu investimentos de quase R$ 14 bilhões em 63 empreendimentos de geração. A boa notícia é que a disputa foi acirrada e conseguiu deságios médios de até 54,6%, como ocorreu no leilão realizado segunda-feira. Na prática, isso significa menor preço da energia para o consumidor brasileiro. Para se ter ideia, no leilão de ontem, o preço médio das eólicas foi de R$ 98,62 o MWh - mais baixo que preço da Usina de Belo Monte.

O setor eólico foi um dos mais ativos ontem já que não participava de disputas desde novembro de 2015. Sem novas contratações, as fábricas de equipamentos estavam com alto nível de ociosidade e precisavam de novos empreendimentos. A presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Elbia Gannoum, explica que a forte presença das eólicas no último leilão reflete questões conjunturais, como a queda do custo do capital, além de melhorias na tecnologia de produção dos equipamentos.

Para o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Luiz Augusto Barroso, a disputa foi reflexo de um preço teto correto que criou as condições de competição, da qualidade dos projetos e da engenharia financeira que os investidores trabalharam. Ao contrário do que ocorreu no passado, com a forte presença das estatais, algumas vezes acusadas de distorcer os preços, neste ano, os leilões foram dominados por investidores privados, em especial estrangeiros.

Alguns já atuam no País há alguns anos, como Iberdrola, EDP e Enel. Outros, como os chineses e indianos, estão há menos tempo por aqui, mas demonstram forte apetite pelo setor. Um trabalho feito pelo Grupo de Estudos do Setor Elétrico da UFRJ mostra que, só nos leilões de transmissão, a participação do poder público caiu de 34% no período de 2013/2015 para 1% em 2016 e 2017. Neste ano, os projetos de transmissão atraíram investimentos de R$ 21 bilhões.

Para o presidente do Instituto Acende Brasil, Claudio Sales, os bons números dos leilões de 2017 são exemplo de que quando as regras são claras e os números realistas, a competição ocorre. "Isso nos dá conforto de que não estamos contratando além do necessário, como no passado", afirmou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: A Tarde

 

15 01 energia eolicaO Brasil fechou nesta semana a contratação de novas usinas de energia eólica e de geração solar a preços menores que os de hidrelétricas, que são tradicionalmente o carro-chefe e a mais barata fonte de produção de eletricidade no país.

Os leilões de segunda (18) e quarta-feira (20) para contratação de energia registraram fortes deságios ante os preços teto estabelecidos pelo governo, em meio a uma acirrada disputa dos investidores interessados em construir os empreendimentos, que deverão ser entregues entre 2021 e 2023.

Os resultados mostraram a sede de investidores como Enel Green Power, AES Tietê e EDP Renováveis em vender energia renovável nos primeiros leilões para projetos eólicos e solares desde 2015, após o governo cancelar licitações no ano passado devido à falta de demanda por eletricidade em meio à crise financeira do país.

“Tivemos quase dois anos sem leilão, então isso faz com que os fornecedores… mergulhem o preço, e isso ajuda a explicar o preço baixo. Mas ainda assim, se você me perguntasse duas semanas atrás, eu não esperaria que rompessem patamares tão baixos”, disse o diretor da consultoria Excelência Energética, Erik Rego.

“A conjuntura favoreceu, a taxa de juros está caindo, isso acaba interferindo no resultado”, acrescentou o consultor.

No leilão A-6 desta quarta-feira, os projetos eólicos chegaram a negociar a venda da produção futura por um preço médio de cerca de 98 reais por megawatt-hora, contra uma mínima recorde anterior, em licitação de 2012, de quase 119 reais atualizado pela inflação.

Na contratação da segunda-feira, o chamado leilão A-4, as usinas solares praticaram preços médios de cerca de 145 reais, contra uma mínima de 245 reais de um pregão de 2014.

Enquanto isso, as hidrelétricas tiveram preço médio de cerca de 219 reais nesta quarta-feira, contra valores médios entre 218 e 213 reais de usinas termelétricas a biomassa e gás natural.

Disputa acirrada

O resultado histórico para as energias renováveis, com forte deságio frente aos preços teto estabelecidos para os leilões, foi fruto de enorme disputa entre investidores para fechar os contratos de longo prazo para entrega de energia às distribuidoras.

Por parte dos investidores, destacaram-se estrangeiros, como os italianos da Enel Green Power, com projetos eólicos e solares e presença nos dois certames, a AES Tietê, da norte-americana AES Corp, que viabilizou usinas solares, além da EDP Renováveis, da portuguesa EDP, e da francesa Voltalia, que também viabilizaram empreendimentos.

Fonte:  Ambiente Energia

12 01 Noticia PromoveSaudeQuando se fala em saúde no Brasil, logo se pensa em redes hospitalares e postos de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS). Pouca ou nenhuma importância é dada ao saneamento básico. Pois aqui no Rio Grande do Sul, a Companha Riograndense de Saneamento (Corsan) está promovendo Parceria Público-Privada (PPP). Trata-se de alternativa do governo do Estado para a universalização do saneamento básico em nove municípios da Região Metropolitana. A PPP terá investimento de R$ 1,85 bilhão em 11 anos.

Mas, apesar dos avanços nas últimas décadas, milhões de brasileiros ainda vivem em situação precária dentro de suas próprias casas. O País tinha 20,6 milhões de domicílios sem rede de esgoto em 2016, quase 6 milhões de casas sem coleta de lixo e aproximadamente 2 milhões de residências sem água encanada, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Dos 69,2 milhões de domicílios naquele ano, em 29,7% o esgotamento sanitário era por meio de fossa não ligada à rede. Em 45,6 milhões de residências, 65,9% do total, o escoamento do esgoto era feito através da rede geral, rede pluvial ou fossa ligada à rede.

Em 2016, 5,7 milhões de casas ainda não tinham serviço de coleta de lixo, 8,2% do total. Nessas residências, os resíduos eram queimados na própria propriedade. O lixo era coletado diretamente por serviço de limpeza em 57,2 milhões de domicílios, 82,6% das residências, e em caçamba de serviço de limpeza em 5,4 milhões de domicílios, 7,7%.

A água canalizada chegava a 67,3 milhões de residências, 97,2% dos domicílios. Mas 1,916 milhão de lares permaneciam sem água encanada.

Entre os que eram contemplados pela água canalizada, 85,8% tinham como fonte de abastecimento a rede geral de distribuição. Deste contingente, a disponibilidade da rede geral era diária em 87,3%; em 5%, a frequência era de 4 a 6 vezes na semana; e de 1 a 3 vezes na semana em 5,8% dos domicílios. Por fim e muito importante, ainda segundo o IBGE, em 61,2 milhões de domicílios brasileiros, 88,4% do total, as paredes externas eram de alvenaria ou de taipa com revestimento. Havia 4,4 milhões de lares com paredes externas de alvenaria ou taipa sem revestimento, 3,3 milhões com parede de madeira apropriada para construção e 380 mil domicílios com paredes de outro material. Os domicílios próprios já pagos representavam 68,2% do total, 47,2 milhões de residências. Outros 5,9% eram próprios, mas ainda estavam sendo pagos, o equivalente a 4,1 milhões; e os alugados respondiam por 17,5%, ou 12,1 milhões de domicílios. Ora, são números que provam a precariedade do saneamento básico; e ele, é por demais sabido e divulgado por médicos especialistas, faz parte fundamental da prevenção e manutenção da saúde antes da assistência em postos de saúde e hospitais. Com saneamento básico, muitas doenças seriam evitadas e não atingiriam tanto especialmente as crianças, as grandes vítimas onde não há tratamento de esgotos e água potável encanada.

Os dados do IBGE confirmam a necessidade de ações neste setor, justamente quando tanto se fala sobre a Corsan e o Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae). O que os gaúchos e porto-alegrenses almejam é um serviço que universalize o fornecimento de água e pulverize o esgotamento cloacal e pluvial em todas as moradias. Com ou sem PPP.

Fonte:  Jornal do Comércio

15 01 noticia SPCom 56 metros de largura e 26 km de leito canalizado dentro de São Paulo, o rio Tietê é uma das primeiras paisagens a cumprimentar quem chega à cidade pelo aeroporto de Guarulhos ou pelas rodovias Anhanguera e Bandeirantes.

E não é uma paisagem agradável: o cheiro de esgoto, o aspecto sujo e a falta de vida aquática tornam evidente que o maior rio do Estado está morto no trecho em que passa pela região metropolitana.

A mancha de poluição - onde a oxigenação é praticamente 0% - ocupa hoje 130 km, entre as cidades de Itaquaquecetuba, à leste da capital, e Cabreúva, à noroeste. Os dados são do monitoramento da ONG SOS Mata Atlântica.

É preciso ter no mínimo 5% de oxigenação para que haja peixes em um rio. O ideal é em torno de 7%.

A tentativa do governo do Estado de limpar o curso d'água começou há 25 anos, em 1992, após uma ampla campanha popular feita pela SOS Mata Atlântica e pela Rádio Eldorado, em que foram colhidas 1,2 milhão de assinaturas.

O Projeto Tietê foi então lançado com financiamento do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) e BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). O governador à época, Antônio Fleury Filho, chegou a dizer que beberia água do rio ao fim da iniciativa. Em 1993, a gestão prometeu publicamente limpar o rio até 2005.

Mas 25 anos e US$ 2,7 bilhões (R$ 8,8 bilhões) depois, ele está longe de ser despoluído. Afinal, o que deu errado?

Confira a matéria na íntegra AQUI

Fonte: BBC Brasil

Precipitações só voltam a atingir a região em meados de março e não garantem reservas de água para o período seco

09 01 Noticia SecaCidades do Nordeste enfrentam uma das piores secas dos últimos 100 anos desde 2016, com estiagens que já se prolongam há cinco anos. Reservatórios entram em colapso e deixam a população sem abastecimento de água e o déficit hídrico deve continuar em níveis críticos no próximo ano.

No Ceará, o Castanhão, um dos principais açudes do Estado, que abastece a capital, Fortaleza, opera com menos de 3% de sua capacidade e os dados da Cacege (Companhia de Água e Esgoto do Ceará), apontam que pelo menos 50 reservatórios cearenses apresentam a mesma condição e outros 21 estão completamente secos. Já no Rio Grande do Norte, pelo menos 21 cidades entraram em colapso de abastecimento no último mês por conta dos mananciais vazios.

Em Pernambuco, pelo menos 62 municípios estão oficialmente em situação de emergência desde julho. Dois deles, Caruaru e Bonito, entraram na lista não só por conta da seca, mas também por causa dos fortes temporais que causaram estragos nas duas cidades no final de maio. Mesmo com as tempestades intensas, a região continuou com o abastecimento comprometido.

De acordo com o relatório do INEMA (Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Bahia), o mês de novembro, que abre o período úmido no Nordeste, foi marcado por chuvas irregulares e abaixo da média, e com exceção da Bahia que começou dezembro com volumes elevados na maior parte do Estado, os acumulados continuaram abaixo do esperado na primeira quinzena do mês em praticamente toda a região.

Segundo a meteorologista Juliana Resende, da Somar Meteorologia, o resfriamento das águas do Oceano Pacífico que devem configurar um La Niña ao longo deste verão, deveria provocar um aumento nas chuvas durante a estação. “No entanto, as temperaturas do Oceano Atlântico, que banha as praias nordestinas, também estão mais baixas que o normal, e isso pode culminar em chuvas menos frequentes e volumes abaixo da média no Nordeste pelo menos até fevereiro”.

De acordo com a profissional, a região só deve voltar a registrar chuvas mais abrangentes e significativas em meados do mês de março, quando a ZCIT (Zona de Convergência Intertropical), estiver atuando de forma mais efetiva no Hemisfério Sul. O fenômeno migra de forma gradativa para a região durante os meses de primavera e verão e impacta no período úmido do Norte e Nordeste.

“Apesar de as chuvas se tornarem mais frequentes e significativas na região entre março e abril, o déficit hídrico ainda pode persistir em 2018. Isto porque os volumes acumulados nestes dois meses, não devem ser suficientes para suprir o período seco que começa a prevalecer na região a partir do mês de maio”, afirma Resende.

Fonte:  Jornal do Tempo

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