Estudos anteriores apontam existência do líquido no planeta, mas não conseguiram explicar totalmente o sumiço dos oceanos.
O que aconteceu com toda a água que outrora preenchia lagos e oceanos em Marte? Boa parte, sugeriram pesquisadores nesta quarta-feira (20), pode estar presa em rochas.
Estudos anteriores concluíram que a água foi varrida para o espaço por potentes ventos solares quando o campo magnético do planeta entrou em colapso, enquanto uma parte foi capturada no gelo sob a superfície.
Mas essa teoria não explicava toda a água que estava faltando no planeta.
Para tentar rastrear o resto, uma equipe internacional de pesquisadores colocou o modelo científico à prova.
"Os resultados revelaram que as rochas de basalto em Marte podem conter aproximadamente 25% mais de água do que as da Terra e, como resultado, estas puxaram a água da superfície marciana para o seu interior", destacou uma declaração da Universidade de Oxford.
Os cientistas que participaram do estudo publicaram um artigo na revista "Nature". Segundo o coautor Jon Wade, a desagregação química e as reações hidrotermais podem mudar minerais em rochas na Terra, de secos a permeáveis à água.
Mas as rochas marcianas fazem isso muito melhor devido a uma composição diferente.
Essas rochas teriam reagido com a água superficial de Marte, bloqueando parte dela em sua estrutura mineral, disse Wade em um e-mail.
"Não é mais líquida, mas fisicamente ligada ao mineral", afirmou, o que significa que a única maneira de liberar a água seria derretendo a rocha.
Em uma Terra recém-nascida, as rochas permeáveis formadas de uma maneira semelhante teriam flutuado na superfície super-quente do planeta até derreteram, liberando água de volta à superfície, como fizeram.
Mas em Marte, nem todas as rochas teriam derretido, e parte da água teria permanecido presa nas rochas que afundavam direto para o manto.
"Marte estava condenada pela sua geoquímica!", disse Wade.
A água líquida é um pré-requisito para a vida como a conhecemos. E apesar do vizinho da Terra estar seco e empoeirado hoje, acredita-se que já foi um planeta molhado.
Em 2015, a Nasa disse que quase metade do hemisfério norte de Marte já havia sido um oceano, atingindo profundidades superiores a 1,6 quilômetro.
Mais tarde naquele ano, um estudo anunciou a descoberta de "água" remanescente no planeta, na forma de fluxos de salmoura.
Fonte: G1
Capital indiana apresenta nível de poluição mais de duas vezes superior aos considerados saudáveis pela Organização Mundial de Saúde.
Nova Déli, uma das capitais mais poluídas do mundo, testou nesta quarta-feira (20) um canhão de água destinado a combater a poluição do ar da cidade, sobretudo as partículas em suspensão, consideradas prejudiciais para a saúde.
A ideia é que o canhão consiga neutralizar as partículas de poluição em suspensão no ar. Com isso, menos poluição seria inalada pela população.
O governo realizou o teste na área de Anand Vihar, no leste de Nova Déli, uma das zonas que costuma registrar os piores níveis de poluentes
"Estamos revisando os níveis de poluição antes e depois do teste" afirmou Imran Hussain, ministro de Meio Ambiente do Governo de Déli. "Se os níveis de diminuírem, pensaremos [na aquisição do canhão."
Segundo o Escritório Central de Controle da Poluição (CPCB), os níveis de poluição em Anad Vihar ultrapassaram as 653 partículas por metros cúbicos.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) indica que com níveis a partir de 300 de concentrações de partículas por metro cúbicos, o ar é considerado tóxico.
Outros meios de combater a poluição
O ministro de Meio Ambiente afirmou que também está explorando outros modos de combater a poluição na capital indiana, como um maior controle da queima de lixo e folhas, dos gases de veículos e do controle do pó gerado pela construção.
"O governo está trabalhando nisso e seguirá fazendo. O ar não tem fronteiras, é um problema presente em toda Déli e região", sentenciou Hussain.
Sushant Saini, diretor da companhia indiana Cloud Tech, que está por trás do projeto e da manufatura do "Canhão anti-smog", explicou à Agência Efe que o aparelho "pode ajudar muito na redução da poluição do ar em Délhi".
"Com um tanque de água de 12 mil litros é possível cobrir uma área de 30 quilômetros em uma hora (e os canhões) podem ser instalados também em alguns dos edifícios mais importantes de Délhi", ressaltou a direção da Cloud Tech.
Saini revelou que o preço dos aparatos deve ficar entre 1 e 3 milhões de rupias (US$ 15,6 mil e US$ 46,8 mil).
O Brasil fechou nesta semana a contratação de novas usinas de energia eólica e de geração solar a preços menores que os de hidrelétricas, que são tradicionalmente o carro-chefe e a mais barata fonte de produção de eletricidade no país.
Os leilões de segunda (18) e quarta-feira (20) para contratação de energia registraram fortes deságios ante os preços teto estabelecidos pelo governo, em meio a uma acirrada disputa dos investidores interessados em construir os empreendimentos, que deverão ser entregues entre 2021 e 2023.
Os resultados mostraram a sede de investidores como Enel Green Power, AES Tietê e EDP Renováveis em vender energia renovável nos primeiros leilões para projetos eólicos e solares desde 2015, após o governo cancelar licitações no ano passado devido à falta de demanda por eletricidade em meio à crise financeira do país.
“Tivemos quase dois anos sem leilão, então isso faz com que os fornecedores… mergulhem o preço, e isso ajuda a explicar o preço baixo. Mas ainda assim, se você me perguntasse duas semanas atrás, eu não esperaria que rompessem patamares tão baixos”, disse o diretor da consultoria Excelência Energética, Erik Rego.
“A conjuntura favoreceu, a taxa de juros está caindo, isso acaba interferindo no resultado”, acrescentou o consultor.
No leilão A-6 desta quarta-feira, os projetos eólicos chegaram a negociar a venda da produção futura por um preço médio de cerca de 98 reais por megawatt-hora, contra uma mínima recorde anterior, em licitação de 2012, de quase 119 reais atualizado pela inflação.
Na contratação da segunda-feira, o chamado leilão A-4, as usinas solares praticaram preços médios de cerca de 145 reais, contra uma mínima de 245 reais de um pregão de 2014.
Enquanto isso, as hidrelétricas tiveram preço médio de cerca de 219 reais nesta quarta-feira, contra valores médios entre 218 e 213 reais de usinas termelétricas a biomassa e gás natural.
O resultado histórico para as energias renováveis, com forte deságio frente aos preços teto estabelecidos para os leilões, foi fruto de enorme disputa entre investidores para fechar os contratos de longo prazo para entrega de energia às distribuidoras.
Por parte dos investidores, destacaram-se estrangeiros, como os italianos da Enel Green Power, com projetos eólicos e solares e presença nos dois certames, a AES Tietê, da norte-americana AES Corp, que viabilizou usinas solares, além da EDP Renováveis, da portuguesa EDP, e da francesa Voltalia, que também viabilizaram empreendimentos.
Fonte: Ambiente Energia
Sem a tradicional presença das estatais, os leilões de energia elétrica conseguiram contratar neste ano quase R$ 40 bilhões de investimentos com a iniciativa privada. Esse montante está dividido em projetos de geração e transmissão de eletricidade, espalhados pelo País inteiro. Em um ano marcado pelo baixo volume de investimento, a cifra traz uma perspectiva positiva para o setor de infraestrutura, cujo volume de recursos aplicados despencou para o menor patamar das últimas duas décadas.
Neste ano, quatro leilões de energia foram realizados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel): dois de transmissão e dois de geração. O último ocorreu nesta quarta-feira, 20, e envolveu investimentos de quase R$ 14 bilhões em 63 empreendimentos de geração. A boa notícia é que a disputa foi acirrada e conseguiu deságios médios de até 54,6%, como ocorreu no leilão realizado segunda-feira. Na prática, isso significa menor preço da energia para o consumidor brasileiro. Para se ter ideia, no leilão de ontem, o preço médio das eólicas foi de R$ 98,62 o MWh - mais baixo que preço da Usina de Belo Monte.
O setor eólico foi um dos mais ativos ontem já que não participava de disputas desde novembro de 2015. Sem novas contratações, as fábricas de equipamentos estavam com alto nível de ociosidade e precisavam de novos empreendimentos. A presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Elbia Gannoum, explica que a forte presença das eólicas no último leilão reflete questões conjunturais, como a queda do custo do capital, além de melhorias na tecnologia de produção dos equipamentos.
Para o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Luiz Augusto Barroso, a disputa foi reflexo de um preço teto correto que criou as condições de competição, da qualidade dos projetos e da engenharia financeira que os investidores trabalharam. Ao contrário do que ocorreu no passado, com a forte presença das estatais, algumas vezes acusadas de distorcer os preços, neste ano, os leilões foram dominados por investidores privados, em especial estrangeiros.
Alguns já atuam no País há alguns anos, como Iberdrola, EDP e Enel. Outros, como os chineses e indianos, estão há menos tempo por aqui, mas demonstram forte apetite pelo setor. Um trabalho feito pelo Grupo de Estudos do Setor Elétrico da UFRJ mostra que, só nos leilões de transmissão, a participação do poder público caiu de 34% no período de 2013/2015 para 1% em 2016 e 2017. Neste ano, os projetos de transmissão atraíram investimentos de R$ 21 bilhões.
Para o presidente do Instituto Acende Brasil, Claudio Sales, os bons números dos leilões de 2017 são exemplo de que quando as regras são claras e os números realistas, a competição ocorre. "Isso nos dá conforto de que não estamos contratando além do necessário, como no passado", afirmou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte: A Tarde
Com 56 metros de largura e 26 km de leito canalizado dentro de São Paulo, o rio Tietê é uma das primeiras paisagens a cumprimentar quem chega à cidade pelo aeroporto de Guarulhos ou pelas rodovias Anhanguera e Bandeirantes.
E não é uma paisagem agradável: o cheiro de esgoto, o aspecto sujo e a falta de vida aquática tornam evidente que o maior rio do Estado está morto no trecho em que passa pela região metropolitana.
A mancha de poluição - onde a oxigenação é praticamente 0% - ocupa hoje 130 km, entre as cidades de Itaquaquecetuba, à leste da capital, e Cabreúva, à noroeste. Os dados são do monitoramento da ONG SOS Mata Atlântica.
É preciso ter no mínimo 5% de oxigenação para que haja peixes em um rio. O ideal é em torno de 7%.
A tentativa do governo do Estado de limpar o curso d'água começou há 25 anos, em 1992, após uma ampla campanha popular feita pela SOS Mata Atlântica e pela Rádio Eldorado, em que foram colhidas 1,2 milhão de assinaturas.
O Projeto Tietê foi então lançado com financiamento do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) e BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). O governador à época, Antônio Fleury Filho, chegou a dizer que beberia água do rio ao fim da iniciativa. Em 1993, a gestão prometeu publicamente limpar o rio até 2005.
Mas 25 anos e US$ 2,7 bilhões (R$ 8,8 bilhões) depois, ele está longe de ser despoluído. Afinal, o que deu errado?
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Fonte: BBC Brasil